quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O Dia do Mercado - 16/01/13


Agenda Econômica
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08h00

Brasil – IPC-S – Real: 0,89%

08h30

Brasil - IBC-Br

11h30

EUA – CPI – Proj.:0%; 0,1% (core)

12h15

EUA – Prod. Industrial – Proj.: 0,2%; 78,5% (cap.)

12h30

Brasil - Fluxo Cambial

13h00

EUA – Índice do Mercado Imobiliário – Proj.: 48 pontos

17h00

EUA – Livro Bege

18h00

Brasil - Reunião do Copom - 2º dia – Proj.: 7,25% aa

“Das ist Jacke wie Hose”. Esta é uma expressão alemã que diz “não valeu nada”, ou algo como “seis por meia dúzia”. O resultado do PIB da Alemanha no último trimestre foi isso, simplesmente não valeu.
Observando as perspectivas para 2013, existe um obvio espaço para uma recuperação da potência germânica, porém o dado põe em xeque as ferrenhas premissas defendidas até recentemente sobre a questão da austeridade fiscal versus crescimento econômico.
Desde o agravamento da crise, a Alemanha tem agido como uma mãe severa contra os países banhados pelo Mediterrâneo, exigindo um comportamento fiscal exemplar, para que aí sim conseguissem receber a tão valiosa ajuda do bloco.
Todavia, ao não conseguir mais se beneficiar de uma desvalorização acelerada do Euro, a potência germânica falhou em entregar o crescimento e deixou de ser a locomotiva do bloco.
A Zona do Euro já não deve contar com a ajuda de boa parte de seus países e o desemprego e queda na produção da Espanha e da Itália já se traduziriam como um PIB ruim. Adicione agora um crescimento anual fraco da Alemanha, está desenhado um número “que não valeu nada”.
O projeto pan-germânico de dominação econômica, também conhecido como Zona do Euro tem falhas históricas e é um sistema que claramente beneficia àqueles com potencial econômico.
Ao unir países diferentes e tirar-lhes o poder de alterar suas relações de moedas, como no caso da Grécia, trava-se um dos principais instrumentos de política monetária disponível a um país no caso de uma crise.
Pior ainda, ao impor um comportamento fiscal germânico, o país se esquece das profundas diferenças culturais que permeiam a Europa e como isso mais do que nunca define como é versado o recurso público.
Ninguém deve tirar a razão da Alemanha ao querer que os países “entrem nos eixos”, mas a recusa em ajudar possui um monstruoso componente político (assim como os pedidos de ajuda) e força à situação que já citei anteriormente, de dar o remédio ao paciente, somente se ele melhorar.
Pois é, dona Alemanha, tá na hora de rever seus conceitos.

As notícias de uma possível revisão pela Fitch da nota AAA dos EUA agitou os mercado na sessão anterior e levou aos fechamentos erráticos observados, também influenciados pelos indicadores econômicos americanos.
A agenda econômica tem como destaques relevantes a inflação ao varejo e atividade econômica nos EUA, além da reunião do COPOM no Brasil. Na agenda corporativa, o destaque são os resultados de JP Morgan, eBay, Goldman Sachs e BNY Mellon.
As bolsas na Ásia operaram em queda, com a realização de lucros. Os futuros das bolsas em Nova York operam em queda, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma oscilação, na espera de balanços de bancos.
Cenário de média volatilidade! $$$$$


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Na Mídia - 15/01/13 - ITV


“Cochilando com a inflação”, análise do ITV

Na Mídia - Ação da Apple fecha abaixo de US$ 500 pela 1ª vez desde fevereiro

Ação da Apple fecha abaixo de US$ 500 pela 1ª vez desde fevereiro



O Dia do Mercado - 15/01/13


Agenda Econômica
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09h00

Brasil - Pesquisa Mensal do Comércio – Proj.: -0,3% / Real: 0,3%

11h30

EUA - Retail Sales – Proj.: 0,3%; 0,3% (ex. auto); 0,5% (ex. auto & gas.)

11h30

EUA – PPI – Proj.: -0,1%; 0,2% (core)

11h30

EUA - NY Empire State Index – Proj.: 0 ponto

13h00

EUA - Business Inventories – Proj,: 0,3%
18h00

Brasil - Reunião do Copom - 1° dia



Não há grandes surpresas quanto à decisão do COPOM de manter os juros amanhã. O cenário de atividade econômica continua a demandar estímulos, o que justifica os juros baixos e ao mesmo tempo, a inflação reforça os sinais de força, o que evitam novas quedas.
Como citamos anteriormente, a maior questão no Brasil em termos de política econômica é o descompasso entre as decisões da Fazenda e do Banco Central, num bate cabeça imprevisível.
A mudança de comando no BC melhorou este debate, mas também elevou a sensação de que a independência também não é mais um debate crível para a instituição. Ou seja, Dilma manda mais do que nunca nas fileiras da autoridade monetária.
O programa econômico brasileiro se baseia na expectativa de recuperação dos EUA, ou seja, a esquerda brasileira antes torcia contra e agora torce mais do que a favor dos Yankees.
Alterando completamente o eixo, as recentes declarações do governo japonês demonstram que o modelo americano de crescimento econômico começa a se espalhar pelo mundo.
“Cresça primeiro, pague depois” é completamente discutível no longo prazo, pois imputa a gerações futuras um enorme ônus da recuperação econômica presente e a falta de originalidade das autoridades deixa isso como uma escolha dicotômica.
Ou seja, ou isso ou o modelo germânico de austeridade fiscal, mesmo que a economia esteja em frangalhos, tipo, dar remédio ao doente somente se ele melhorar.
Voltando à Ásia, o programa japonês de estímulo ao consumo é interessante em alguns aspectos, porém vai contra a cultura tradicional nipônica. Ninguém nunca disse que os japoneses não são consumistas. São e até acima da média, porém a diferença fundamental é no volume e tipo de gastos.
Numa casa média japonesa, você encontra os mais recentes produtos eletrônicos e roupas sempre novas, ou seja, produtos de valor agregado baixo e que não necessitam de acesso ao crédito para sua aquisição, ainda mais com a renda média da população.
Porém os japoneses não vivem em uma casa acima de suas possibilidades, muitos deles sequer possuem carros e quando os tem, não são sinais de ostentação.  Não há também momentos desenfreados de consumo, como em festas de fim de ano, Black Fridays ou mega liquidações. Isso ocorre normalmente no lançamento de gadgets eletrônicos e vem sendo replicado no ocidente com os produtos da Apple.
É isso que faz da economia japonesa o que é. Um crescimento fraco, com preços altamente estáveis, porém sem tração, semelhante ao que vem ocorrendo no Brasil.
A altíssima taxa de poupança do japonês é o que evita que a dívida de 230% do PIB exploda na cara do mundo e agora o governo quer que essa poupança se traduza como crescimento econômico.
Não creio nessa possibilidade e no caso de sinais de inflação, a dívida japonesa simplesmente não possibilita o uso de instrumentos de política monetária. Aumentar os juros, como disse um amigo ontem “não pode acontecer...never”.
O efeito seria desastroso na composição da dívida do país.
E qual seria a solução? Confesso que também não sei, mas com certeza deve ser “off the books”, numa nova e criativa teoria econômica, muito mais compatível com os tempos atuais.
Tudo evolui, até mesmo a economia.

Mais uma sessão volátil nas bolsas de valores mundiais, onde as ações ligadas às commodities responderam positivamente à perspectiva de melhora nos EUA, enquanto as ações de tecnologia devolveram ganhos juntas à queda de preço da Apple.
A agenda econômica tem como destaques relevantes a inflação ao atacado e atividade econômica nos EUA, além da reunião do COPOM no Brasil. Na agenda corporativa, o destaque é o resultado da Lennar.
As bolsas na Ásia operaram em volatilidade, com a maior alta em 32 meses no Nikkei. Os futuros das bolsas em Nova York operam em alta, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma oscilação.
Cenário de média volatilidade! $$$$$


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O Dia do Mercado - 14/01/13



08h30
 BR
Relatório Focus

15h00
 BR
Balança Comercial

19h00
 EUA
Discurso de Ben Bernanke

Análise do Mercado
Com balanços corporativos, COPOM, indicadores econômicos e feriados internacionais, tudo isso fará desta uma semana agitada para o mercado financeiro local e internacional.
Portanto, podemos esperar volatilidade, reações aos resultados e tudo aquilo que sazonalmente ocorre neste período. Mas há algo mais importante que devemos nos manter atentos.
Ao evitar o abismo fiscal nos EUA, o acordo desenhado não abrangeu a renovação de todas as renúncias fiscais e cortes de impostos. Existem alguns, como a elevação dos custos na folha de pagamentos que já afetam as perspectivas de consumo da população americana.
Neste ínterim, outra discussão que deve ser retomada é o teto da dívida americana, o qual entrará em voga muito em breve. Os lideres democratas estão tentando convencer a oposição de que um pouco mais impostos não é ruim, principalmente se atingirem somente os mais ricos.
Ao mesmo tempo, os republicanos insistem que os programas de saúde é que são o real problema, se esquecendo do custo diário das intervenções militares americanas.
Agora, duas idéias fantásticas foram destaques na semana passada. A moeda de um trilhão de dólares e a construção da Estrela da Morte. A moeda de platina seria cunhada com o alto valor, depositada pelo Tesouro americano no Federal Reserve e então sacada para se evitar atingir os US$ 16,4 trilhões determinados como teto.
Existe uma pressão renovada pelo teto da dívida, pois novamente o que está em perigo é o pagamento de salários e benefícios de membros do governo, forças armadas e aposentados.
A Casa Branca diz que as únicas opções são: Ou o congresso paga as contas ou falha em agir e os EUA vão para a moratória.
Talvez por acreditar no caráter temporário da crise, os republicanos insistem em não aprovar pontos importantes de necessidade curtíssimo prazo e isso tem afetado não só a governabilidade, como também a economia e pode gerar novamente grande instabilidade de confiança dos investidores e da economia real.
De um lado mais humorado, a Casa Branca respondeu à petição pública para a construção de uma Estrela da Morte, semelhante à do filme Star Wars. A óbvia recusa foi acompanhada da resposta de um poder notadamente Nerd que comanda os EUA:
"O custo da construção da Estrela da Morte foi estimado em mais de US$ 850.000.000.000.000.000. Nós estamos trabalhando duro para reduzir o déficit, não para aumenta-lo.
A administração não apoia explodir planetas.
Por que iríamos gastar incontáveis dólares numa Estrela da Morte com uma falha fundamental que pode ser explorada com uma nave espacial de um homem só?
Se você quer seguir a carreira em ciência, tecnologia, engenharia ou campos relativos à matemática, a Força estará conosco! Lembre-se, o poder da Estrela da Morte para destruir um planeta, ou mesmo um sistema solar inteiro, é insignificante perto do poder da Força.
Mesmo que os Estados Unidos não tem nada que possa fazer o circuito de Kessel em menos de 12 parsecs, temos duas naves deixando o Sistema Solar e estamos construindo uma sonda que vai voar para as camadas exteriores do Sol. Estamos descobrindo centenas de novos planetas em outros sistemas estelares e construiremos um sucessor muito mais poderoso do Telescópio Hubble, que vai ver de volta aos dias iniciais do universo.
Não temos uma Estrela da Morte, mas temos assistentes robôs flutuando na Estação Espacial, um Presidente que sabe se virar com um sabre de luz e comm um canhão de marshmallow e temos a Defense Advanced Research Projects Agency, que está apoiando a pesquisa na construção de uma mão igual à do Luke Skywalker, droids flutuantes e walkers quadrúpedes.
Estamos vivendo no futuro! Aproveitem.".
É nítido o apoio da Casa Branca aos Jedis e talvez se identifique com eles, mas ainda bem que a petição não ocorreu no governo Bush, pois com o afã militar republicano (e uma clara identificação com os Siths) a construção já estaria em fase avançada, afinal, devem existir armas de destruição em massa, ou mesmo guerreiros Jedi e rebeldes em algum lugar do universo que justificariam a montanha de dinheiro gasto.
É claro, aos desavisados, que estou usando da premissa nerd (me considero um) do comunicado da Casa Branca e do bom humor para parodiar uma situação recorrente nos EUA e AINDA BEM que a vitória neste momento foi democrata, pois de fundamentalistas, já chegam os religiosos.

O fechamento da semana foi errático para as bolsas de valores, porém os mercados internacionais foram beneficiados por indicadores econômicos e corporativos acima das projeções média dos analistas e por aqui, pesaram principalmente as ações da Vale.
A agenda econômica tem como não possui destaques relevantes. Na agenda corporativa, o destaque é o resultado da PPG.
As bolsas na Ásia operaram em alta, puxadas por ações de empresas chinesas. Os futuros das bolsas em Nova York operam em alta, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma oscilação.
Cenário de média volatilidade!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O Dia do Mercado - 10/01/13


Agenda Econômica
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07h00

Brasil – IPC – Fipe (1a quadri) – Real: 0,86%

09h00

Brasil – IPCA – Proj.: 0,78% / Real: 0,79%

11h30

EUA – Pedidos de Auxílio Desemprego – Proj.: 362 mil

13h00

EUA – Estoques no Atacado – Proj.: 0,3%

O IPCA fecha este ano aos 5,84%, perto do topo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Muitos se perguntam, e daí? Devemos nos preocupar?
Advogo há muito tempo que as metas de inflação são incompatíveis com as projeções de crescimento econômico e que um PIB mais robusto demandaria uma política monetária menos restritiva.
O segundo ponto está aí, nunca estivemos sob juros tão baixos, porém eles não são os culpados desta inflação e sim a renda. Vivemos um ano de crescimento medíocre, atividade econômica estacionária e contração em diversos setores da indústria.
Mesmo assim não deslanchamos, pois ao reduzirmos os juros, observamos que as grandes mazelas da economia brasileira continuam em voga e com força, o que faz do crescimento uma irrealidade.
Impostos, lucratividade, matriz de custos, tudo isso e muito mais contribuem para que não cheguemos nem perto dos recentes 7% aa.
Mesmo assim, o emprego e a renda continuam em alta, o que contribui para o crescimento da inflação em despesas pessoais, relativamente insensíveis às taxas de juros; alimentação e bebidas, com baixíssimo nível de sensibilidade aos juros; e transportes.
Sim, podemos crescer com mais inflação, mas precisamos CRESCER. O Banco Central já opera atualmente sem o pavor inflacionário que permeou as administrações anteriores, mas há a possibilidade concreta de reversão deste patamar de juros, mesmo que a inflação não tenha sido elevada por ele.
O cenário fica realmente estranho quando comparamos alguns dados. A Venezuela, per se um caso a parte cresceu 5,2% até o terceiro trimestre e fecha o ano com inflação de 18%; a Rússia tem uma inflação relativamente próxima à nossa, porém com crescimento até o terceiro trimestre de 2,9%.
A China fecha o ano com inflação de 2,5% e crescimento de 7,4% no terceiro trimestre; a Índia terá inflação de 7,24% com crescimento de 5,3% no terceiro trimestre e; os EUA devem fechar o ano próximo aos 2%, com crescimento de 3,1% no terceiro trimestre.
Estes dados demonstram o qual díspar é a relação de inflação com crescimento no mundo, mas também demonstra que estamos numa ponta perdedora com o PIB que devemos apresentar este ano vis-à-vis à inflação que teremos.
Ou seja, nosso problema deixou de ser a inflação faz tempo e agora é o crescimento econômico. E para o PIB não adiantam manobras mirabolantes ou contabilidade criativa, como aconteceu no passado e com outros dados do governo. Simplesmente não cresceremos e PONTO.
Dilma recentemente tem citado a questão dos impostos e se medirmos pelo passado recente (poupança, juros e elétricas), é possível que algo concreto ocorra nas mãos da presidente que tem feito tudo que seu antecessor não fez, talvez para “evitar a fadiga” como diria Jaiminho.
Agora é aguardar e rezar que mr. Butters se paute na realidade para trazer novas soluções para a economia brasileira.

As ações do setor elétrico foram responsáveis pela alta observada na sessão anterior, na expectativa de que não haja racionamento e também pela alta nas bolsas de valores no exterior, com a temporada de balanços.
A agenda econômica tem como destaque o IPCA e os estoques ao atacado nos EUA. Na agenda corporativa, o destaque é o resultado da Aeon e Astral Media.
As bolsas na Ásia operaram em alta, após o início dos resultados nos EUA. Os futuros das bolsas em Nova York operam em alta, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma oscilação.
Cenário de média volatilidade! $$$$$

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Na Mídia - Elétricas sobem e Bolsa tem alta de 0,74%; dólar fecha a R$ 2,03


Na Mídia - 09/01/13 Canal Rural


CANAL RURAL

O Dia do Mercado - 09/01/2013


Agenda Econômica
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08h00

Brasil – IGP-M – 1ª quadri – Real: 0,41%

09h00

Brasil - Pesquisa Industrial Mensal Regional

12h30

Brasil - Fluxo Cambial

12h30

Brasil - IC-BR

13h30

EUA - Estoques de Petróleo – Proj.: 1,5 mi (petr.); 2,4 mi (gas.)
16h00

EUA – Leilão T-Bonds 10 anos




E não é que não foi tão mau. A temporada de balanços nos EUA, deflagrada pelos resultados da Alcoa teve um bom começo, onde a empresa se manteve dentro das projeções e melhorou as perspectivas para este ano, principalmente em vista à uma possível melhora na atividade econômica.
Agora as atenções se voltam ao discurso hoje de Mario Draghi, onde uma parcela significativa dos economistas prevê um novo corte de juros. Prever não exatamente, crer seria a palavra mais correta.
Parte dos analistas crê na necessidade de mais um corte de juros para estimular a economia da Zona do Euro, porém isso não necessariamente se traduzirá num movimento, principalmente se considerarmos a atual situação do bloco, somente juros zero seriam impactantes o suficiente, algo que pode não ocorrer.
Com o FED citando claramente a possibilidade de fim dos programas de estímulo econômico, existe a crença de que 2013 possa ser um ano melhor do que o passado e a Europa passaria melhor com menos juros.
Porém existem necessidades mais urgentes na região e uma parcela significativa delas é de estímulo econômico. Desde que as manobras do BCE evitaram que o bloco literalmente rachasse, a série de dados econômicos tem sido tudo, menos estimulante.
Desemprego desesperadoramente em alta, produção industrial sofrível e varejo sem perspectivas. Ainda mais, um colapso do crédito e uma quebra eminente no crescimento de M3 reduz o cenário de ação do BCE, porém um corte de juros a zero se traduziria como juros reais negativos, onde as instituições seriam obrigadas a depositar e não receber juros, o que pode se traduzir como uma fuga em massa destes recursos da região.
Mesmo agora, a onda de dinheiro barato pouco tem feito para estimular a economia e parte disso reside na resistência do sistema bancário em emprestar, mesmo com tanta oferta de crédito.
As instituições financeiras se justificam com a crise, a qual elevou as exigências para se emprestar, mas nisso caímos no maldito dilema de tostines: não se empresta devido à crise econômica e a crise se agrava pela falta de crédito.
Por aqui nunca foi diferente. Mesmo com a queda da Selic, os juros continuam excessivamente altos, pois a inadimplência mantém o spread elevado e os juros elevados são fatores decisivos para a inadimplência.
De volta à Europa, o cenário não poderia se menos estimulante, pois a Alemanha, tão preocupada com a opinião pública (em resumo, com os eleitores) sempre tentou empurrar um modelo de austeridade ferrenho, porém seus mais recentes dados econômicos derrubou a premissa de força germânica.
Muitos agora advogam pelo modelo americano de crescimento, ou seja, gaste agora e deixe a conta para seus netos. O mundo está ótimo, todo mundo devendo para todo mundo e ninguém com dinheiro para pagar.
E justiça seja feita, 2012 foi melhor que 2011, porém este foi um dos “piores anos dos últimos anos”. Como será 2013?

A expectativa pela temporada de balanços acabou por influenciar negativamente o mercado de renda variável mundial e o Ibovespa teve queda superior a 1%, também puxado por ações do setor elétrico devido à possibilidade de racionamento.
A agenda econômica tem como destaque o IGP-M semanal no Brasil e os estoques de petróleo nos EUA. Na agenda corporativa, o destaque é o resultado da Voxx e Constallation Brands.
As bolsas na Ásia operaram em alta, após o início dos resultados nos EUA. Os futuros das bolsas em Nova York operam em alta, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma oscilação.
Cenário de média volatilidade! $$$$$


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Dia do Mercado - 08/01/2013


Agenda Econômica
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08h00
 BRASIL
IPC-S Semanal


18h00
 EUA
Consumer Credit



Análise do Mercado


Começamos o ano com o governo tentando garantir que as manobras fiscais não afetarão sua credibilidade. A parte boa dessa premissa é que poucos creem nessa pretensa credibilidade e a falta de surpresa faz do movimento do governo algo como “o mais do mesmo”.
Vimos isso no ano passado, quando “magicamente” o IBGE divulgou um IPCA que cravou no teto da meta de inflação na terceira casa depois da vírgula, um fato surpreendente, dado que a maioria das projeções contava com uma inflação anual mais próxima dos 7% ao ano (centro da meta (aa): 4,5%; piso: 2,5%; teto: 6,5%).
O uso de “espaços para se cumprir a meta em anos atípicos” adicionaram quase R$ 20 bilhões à meta deste ano, de onde R$ 12 bilhões saíram do fundo soberano (entre títulos e dinheiro da compra de ações da Petrobrás), R$ 4,7 bilhões de dividendos de estatais e R$ 2,3 bilhões do BNDES.
Em mais um manobra, o tesouro repassou R$ 5,4 bilhões em ações de empresas do BNDES para o governo, além de aportes de repasses de R$ 15 bilhões.
A combinação de renúncias fiscais mal direcionadas, queda nos juros e crescimento econômico medíocre são os principais motivos para que o governo não consiga atingir a meta deste ano e pode transferir inércia de gastos para 2013, principalmente com a chegada da copa.
E como citamos acima, nos espanta a falta de espanto com tais resultados. Continuamos mal direcionados e torcendo ao máximo para que a economia americana impulsione o mundo, ao mesmo tempo em que enviamos emissários à Cuba para acompanhar de perto a saúde de Chavez.
Esta ambiguidade do governo brasileiro perpetuará por 2013, salvo às últimas declarações da presidente Dilma quanto à exagerada quantidade de impostos no Brasil. Neste caso, existe a possibilidade concreta de um movimentação das taxas via medida provisória, pois como uma grata surpresa, Dilma dificilmente fica só na retórica.
Agora, é torcer para que a temporada de balanços corporativos iniciada hoje dê algum tipo de alento aos investidores no Brasil, que se mostraram bastante animados neste início de ano, mas sem grandes garantias de um maior apetite pelo prêmio de maior risco.

A primeira sessão da semana foi marcada pelo mau humor com o início da temporada de balanços corporativos nos EUA e com um processo de realização de parte dos lucros auferida na semana anterior.

A agenda econômica tem como destaque o IPC-S semanal no Brasil e o crédito ao consumidor nos EUA. Na agenda corporativa, o destaque é o resultado da Alcoa, que oficialmente inaugura a temporada de balanços do terceiro trimestre, também com resultados da Monsanto.

As bolsas na Ásia operaram em queda, na expectativa do início dos resultados nos EUA. Os futuros das bolsas em Nova York operam em queda, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma oscilação.

Cenário de média volatilidade! $$$$$