quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

O Dia do Mercado - 26/12/12


Agenda Econômica
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Brasil - Sondagem Industrial

08h00

Brasil – IPC-S (semanal)

12h00

EUA - S&P/Case-Shiller Home Price – Proj.: 0,5%

12h30

Brasil - Fluxo Cambial


13h00

EUA – Richmond Fed Index – Proj.: 6 pontos




Este fim de semana foi permeado por notícias de saques na Argentina, o que se mostrou como surpreendente para muitas pessoas. Com grande foco na Europa e EUA, a situação do vizinho portenho tem sido deixada de lado, porém é algo que deveríamos prestar muito atenção.
A inflação argentina não inspira nenhuma confiança há mais de 5 anos, onde somente os índices privados tendem a ser levados em conta. Este é só um dos desastres do governo, o qual se fixa no populismo peronista para tentar encobrir erros crassos de comando.
Como a crise de 2008 atingiu em cheio o país, Kischner buscou uma série de medidas heterodoxas para tentar reaquecer a economia e proteger a indústria local. Entre elas estão as de câmbio, que restringem remessas de lucros e dividendos, compra de divisa como investimento pessoal e redução da oferta de dólares para viagens.
Para o governo, isso reverteria a cultura de se poupar em moeda estrangeira e transferiria recursos à cadeia produtiva, porém o resultado foi uma disparada do câmbio paralelo, elevando ainda mais o potencial inflacionário da divisa, mesmo que o oficial seja controlado pelo governo.
Com um PIB que depende quase 60% da pecuária, a qual tem seus preços dolarizados em praticamente toda a cadeia, a desvalorização do Peso Argentino poderia se traduzir como positiva, porém o contrário vem ocorrendo.
Foi baixada recentemente uma forte taxação adicional de 14% sob a importação de bens de capital para incentivar a indústria local, além de todas as restrições tributárias e burocráticas às outras importações.
O resultado é o desabastecimento. Farmácias não têm remédios em suas prateleiras, pois a indústria não consegue importar insumos para sua produção. Faltam peças de veículos automotores, eletro-eletrônicos, suplementos médicos e artigos domésticos.
Essa redução na oferta tem o fim mais óbvio da academia econômica, a inflação. Os preços estão altos em toda a cadeia de consumo e isso se assemelha muito ao Brasil nos anos 80, onde a economia não reagia e mesmo assim a inflação crescia a cada dia.
A pretensa proteção à indústria local não só tem levado ao desabastecimento, mas também ao fechamento de diversas empresas e elevando o desemprego, o qual subiu ao maior nível desde 2010 (7,6%), segundo dados oficiais, obviamente.
Neste processo, a Argentina elevou sua taxa de juros a 15,2% ao ano, criando mais um empecilho ao crescimento, com a elevação dos custos de captação de recursos.
Houve um corte maciço de investimentos públicos, o que restringiu o efeito dos gastos no aquecimento econômico e reduziu os cortes de impostos e subsídios. A nacionalização dos fundos de pensões privados foi outro tema polêmico, pois buscava garantir que os mesmos não ‘quebrassem’ para evitar um problema com as aposentadorias, porém o processo foi excessivamente custoso e pesa cada vez mais no orçamento.
Não há surpresas. A comoção social é clara e já toma as ruas, numa grande série de protestos que o governo insiste em minimizar em força e dimensão. Mesmo com as restrições consideráveis à liberdade de imprensa impostas no início deste ano, a insatisfação popular é crescente em níveis alarmantes, o que pode ter deflagrado os saques deste fim de semana.
Adiciona-se a isso tudo a possibilidade de uma moratória técnica que foi temporariamente afastada (até fevereiro de 2013), quando um tribunal de apelações de NY suspendeu o pagamento de US$ 1,33 bilhão a dois fundos de investimento especulativos das Ilhas Cayman que não aceitaram os termos da moratória de 2001 e demandavam os recursos agora.
Foram pagos há 10 dias US$ 3,5 bilhões a credores que aceitaram os termos das renegociações, algo visto como positivo pelos investidores, porém a dívida externa argentina saiu de US$ 116 bilhões em janeiro de 2010 para US$ 142 bilhões até a metade deste ano.
A relação dívida/PIB caiu de 58,7% para 44,2% afasta um novo cenário de moratória momentaneamente, porém a deterioração econômica pode colocar a Argentina no mesmo nível dos países europeus em crise: Sem perspectivas, com atividade econômica debilitada, desemprego em alta e podendo em breve buscar auxílio internacional, caso o orgulho portenho deixe.
Pois é, com tanto problema no hemisfério norte, temos um grande logo aqui ao lado.

A última sessão da semana foi marcada por uma elevação do volume e pequena queda, consequência do temor dos investidores quanto ao abismo fiscal ainda sem solução em vista no congresso americano.
A agenda econômica tem como destaque a atividade econômica e dados do mercado imobiliário dos EUA.
As bolsas na Ásia operaram em alta, em especial com um rally no Nikkei. Os futuros das bolsas em Nova York operam em alta, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma oscilação.

Cenário de média volatilidade! $$$$$






 




sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Dia do Mercado - 21/12/12


Agenda Econômica
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08h00

Brasil - Sondagem do Consumidor (FGV)

09h00

Brasil - Pesquisa Mensal do Emprego – Proj.: 4,9%

11h30

EUA - Durable Good Orders – Proj.: 0,2%

11h30

EUA - Personal Income – Proj.: 0,3%

11h30

EUA - Personal Spending – Proj.: 0,2%

11h30

EUA - Núcleo do PCE – Proj.: 0,2%

12h55

EUA - Michigan Sentiment (final) – Proj.: 75 pontos
14h00

EUA – Fed de Kansas – Proj.: -3 pontos



Já agradeceu ao seu político hoje? Mais uma vez, como nos últimos quatro anos, os políticos tem papel decisivo no agravamento do sentimento médio da população e demonstram o quão nociva a classe se tornou para a economia mundial.
Um dos primeiros problemas começou com as votações na Grécia para a adequação às normas da Zona do Euro, as quais foram severamente atrasadas pela questão política. Movimentos semelhantes ocorreram na França, o que ocasionou a perda da eleição por Sarkozy, mas também houve uma série na Itália, Espanha e até mesmo Reino Unido.
Desde o conjunto da Zona do Euro, até as nações isoladas, não houve em nenhum local em que o problema político não tenha sido um elemento de incremento da crise deflagrada em 2008.
Nos EUA, o caso é um dos mais graves. Desde a perda da maioria na câmara para os republicanos, a vida do presidente Obama não é nada fácil e os reflexos disso continuam até hoje, onde o abismo fiscal se aproxima perigosamente, porém o componente político parece importar mais.
A vendeta republicana tende a ter implicações mundiais e a inconsequência por um idealismo retrogrado pode colocar o mundo em um novo ciclo recessivo, dessa vez com consequências mais graves devido à delicada situação dos países neste momento.
Por aqui, nada novo. A ocorrência de um segundo mergulho recessivo tende a ser muito pior do que 2008, onde possuíamos o suporte de um fluxo intenso de capitais, preço internacional de commodities elevado e o inedistismo da situação.
Neste momento, o desemprego se mantém em baixa e sustenta o crescimento medíocre que o Brasil tem apresentado, porém, qualquer reversão deste padrão atual de consumo pode deflagrar um ciclo de perda de postos de trabalho e de confiança sem precedentes.
O componente político é certamente um dos mais presentes aqui no Brasil. Mesmo que ele tenha efeito limitado no sentimento médio dos investidores, diferentemente do que ocorria há cinco ou sete anos atrás, a falta de vontade política para se colocar em pauta mudanças importantes para o país trava todas as possibilidades de um crescimento sustentável.
Praticamente sem oposição, o atual governo em seus dez anos somente avançou ao alterar os indexadores da poupança, os quais não permitiam uma queda mais expressiva dos juros.
Em outros quesitos, tudo tem sido “empurrado com a barriga”, ou seja, temas polêmicos simplesmente não chegam ao congresso. O conjunto de reformas necessárias para o bom funcionamento do Brasil e até para uma blindagem da crise sequer está em pauta.
Reformas tributária, fiscal, previdenciária, trabalhista e política são ilusões mais que distantes e provam que, independente da qualidade do seu voto, os políticos tem sido cada vez mais um elemento desagregados.
Portanto, já agradeceu ao seu político hoje?

Mercado como um todo positivo na sessão anterior, com a expectativa de uma possível aprovação da extensão dos incentivos que seriam cortados com a questão do abismo fiscal americano.
A agenda econômica tem como destaque a atividade econômica e os desagregados do PIB dos EUA, além do desemprego no Brasil.
As bolsas na Ásia operaram em queda, com a indecisão do Fiscal Cliff nos EUA. Os futuros das bolsas em Nova York operam em queda, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma oscilação.

Cenário de média volatilidade! $$$$$





 




quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Dia do Mercado - 20/12/12


Agenda Econômica
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00h00

Brasil - PIB Mensal/Serasa Experian

00h00

Japão - Reunião do Bank of Japan

08h30

Brasil - Relatório Trimestral de Inflação do BC

11h30

EUA - Pedidos de Auxílio Desemprego – Proj.: 349 mil

11h30

EUA - PIB (3ª prévia) – Proj.: 2,8%

11h30

EUA - PIB - Deflator (3ª prévia) – Proj.: 2,7%

13h00

EUA - Existing Home Sales – Proj.: 4,9 mi

13h00

EUA - Philadelphia Fed Index– Proj.: -2 pontos

13h00

EUA - Leading Indicators – Proj.: -0,2%

13h00

EUA - FHFA House Price Index– Proj.: 0,3%

Preparados para o fim do mundo? Pois é, o Banco Central admitir que talvez cresçamos 1% neste ano e encarar a realidade dos fatos é um evento impressionante e pode ser um “sinal dos tempos”.
Obviamente estamos a 11 dias do fim do ano (ou 1 do fim do mundo) e esse tipo de projeção se torna relativamente fácil, porém ela chega a ser mais pessimista que o mercado em si.
Com as medidas mais recentes do governo, como extensão do IPI reduzido em setores específicos, o Brasil adia mais uma vez aquelas alterações mais do que necessárias para criar um panorama de crescimento sustentável com realismo.
Por enquanto, empresas como CSN, Vale e Petro se sentem confortáveis com o IPI mais baixo e alguns investidores te se animado, mesmo com o cenário continua nebuloso para o Brasil.
O “suspiro do morto” da Bovespa neste fim de ano vem na verdade de uma proximidade assustadora dos 55.000 pontos em novembro, onde estaríamos negativos contra o fechamento de 2011 e só perderíamos com pior período para o trimestre entre maio e agosto.
Neste ano, ameaçamos chegar próximo aos 70 mil pontos em meados de março deste ano, para tão somente devolver todos os ganhos numa inversão baixista gráfica clássica, com um harami em um topo no dia 14 de março e um marobozu de alta em 16 de novembro (os grafistas amam estes termos).
Apesar de todas essas figurinhas lindas, o resumo é que estamos com resultados ruins nas bolsas, pois falta liquidez em diversos papeis pela ausência de nossos amigos estrangeiros.
E não, este mercado chato não sofre falta de volume. Em 2011, um ano horrível para a bolsa, operamos numa média diária de R$ 5,7 bi e neste ano, chegaremos próximo aos R$ 6,2 bi. Porém falta renovação, pois os players continuam os mesmos, mesmo os estrangeiros.
Além da volatilidade da economia mundial, aversão ao risco e perspectivas de mais um ano complicado, afastamos investimentos devido à boa e velha falta de respeito aos contratos, os quais podem ser facilmente contestados em juízo no Brasil.
Pois é, crescemos pouco, pois tributamos muito. Em qualquer país, a energia é considerada estratégica e não por acaso, possuímos uma das matrizes energéticas menos poluentes, mais eficientes e mais baratas do mundo e a taxamos como ninguém no planeta.
Com isso, nosso bom e velho Brasil continua patinando, mesmo quando parece estar crescendo.


A bolsa de São Paulo em alta, na contramão das bolsas internacionais devido ao anúncio de medidas de manutenção do IPI e alta da gasolina, o que puxou as ações da Petrobras, mesmo com a indecisão sobre o abismo fiscal nos EUA.
A agenda econômica tem como destaque a atividade econômica, mercado imobiliário e o PIB dos EUA, além do relatório de inflação do BC no Brasil.
As bolsas na Ásia operaram em alta, apesar da indecisão do Fiscal Cliff nos EUA. Os futuros das bolsas em Nova York operam em estabilidade, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma oscilação.
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Dia do Mercado - 18/12/12


Agenda Econômica
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07h00

Brasil – IPC-Fipe – Proj.: 0,73%

10h30

Brasil- Nota do Setor Externo

11h30

EUA – Conta Corrente
13h00

EUA – Housing Market Index – Proj.: 47 pontos




No embate entre republicanos e democratas nos EUA sobre os pontos do acordo para se evitar o abismo fiscal em 13 dias, há uma conclusão clara a se tirar: ambos estão errados em muitos pontos.
Os republicanos estão tentando tirar vantagem da urgência do evento ao incluir demandas antigas não aprovadas anteriormente e tentando coloca-las como condições sine qua non para reverter o abismo.
Mesmo depois de aprovado, o plano Medicaid retorna ao foco e os republicanos insistem em seu fim, ou redução em níveis quase impraticáveis. Querem também aplicar uma redução de gastos de US$ 2,2 trilhões nos próximos 10 anos e a renovação integral dos cortes de impostos iniciados por Bush, que incluem toda a população americana.
Na proposta democrata, os cortes de impostos atingiriam 98% da população contribuinte, deixando a elevação para os 2% mais ricos, contrariando os republicanos. A proposta conta também com US$ 50 bilhões para estimular a economia e a manutenção da redução de 2% nos custos da folha de pagamento.
Neste caso, os democratas continuam com a política de gastos irrestritos, o que se tornará inviável no longo prazo para os EUA. Para eles, a questão é ajustar a economia agora e deixar para pensar na questão fiscal no longo prazo. Existe nexo neste pensamento, afinal uma economia  enfraquecida não gera renda, porém mesmo as premissas de corte de gastos propostas atualmente estão muito longe do que se poderia considerar um controle fiscal.
Os sentimentos de que a crise continua a demandar ações fortes demonstra que muito do que foi feito desde sua eclosão em 2008 foge dos “livros” e exigem cada vez mais soluções no mínimo criativas, algo que tem se mostrado muito limitado.
Por aqui, além do crescimento fraco, continuamos com as mesmas falhas grosseiras de política econômica que levarão ao crescimento medíocre deste ano. A insistência em soluções pontuais e setoriais dá a sensação de que não há um rumo concreto para as ações do governo, mas somente reações à demandas específicas, sem grande foco macroeconômico.
Ao rever políticas do fluxo de divisas, o governo demostra aos investidores, principalmente estrangeiros que “queremos seu dinheiro quando o câmbio ameaça a inflação, mas mandamos embora assim que a indústria local reclamar”.
A falta de respeito por contratos é outro fator preponderante no que se considera o risco institucional brasileiro, o qual está muito elevado atualmente e mantem afastados recursos importantes do país.
Portanto, se consideramos o panorama local e internacional, o próximo ano fará grande jus à sua numeração, TREZE.
A bolsa de São Paulo fechou próxima a estabilidade com cautela devido à questão fiscal nos EUA, porém o dia foi de alto giro financeiro, próximo de R$ 12 bilhões, muito acima da média diária de US$ 7 bilhões no ano, inflada pelo vencimento de opções na sessão anterior.
A agenda econômica tem como destaque nota para imprensa do setor externo no Brasil e indicadores do mercado imobiliário nos EUA.
As bolsas na Ásia operaram em alta, na expectativa da votação do Fiscal Cliff nos EUA. Os futuros das bolsas em Nova York operam em alta, enquanto na Europa, os mercados à vista registram oscilação positiva.
Cenário de média volatilidade! $$$$$

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Dia do Mercado - 14/12/12


Agenda Econômica
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07h00

Zona do Euro - PMI Serviços (Preliminar) – Real: 47,8 pontos

07h00

Zona do Euro - PMI Industrial (Preliminar) – 46,5 pontos

08h30

Brasil - IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central)

11h30

EUA – CPI – Proj.: -0,2%; o,2% (core)

12h15

EUA - Produção Industrial – Proj.: 0,3%

12h15

EUA - Capacidade Utilizada – Proj.: 78%

A melhora no desempenho industrial chinês confirma a linha de recuperação que projeto desde o início deste ano. Este cenário será a base de sustentação daquilo que será conhecido como “a virada” ou seja, o momento me que a economia mundial dará os primeiros sinais mais concretos de reversão da crise, cinco anos após o seu início.
Esta virada será sustentada pelo retorno dos EUA ao crescimento sustentável, seguido pela China e Japão, acompanhados de alguns países emergentes como México, Colômbia, Rússia, Índia e isso será a base de parte da reversão dos problemas europeus.
Obviamente, a Europa sofrerá os efeitos indiretos do processo, pois lá a crise tomou proporções épicas ao revelar mazelas históricas escondidas sob o manto do crescimento econômico constante e de um mundo relativamente mais estável.
Quanto ao Brasil, receberemos o “respingo” desta melhora, porém nos manteremos neste padrão medíocre de atividade econômica, sempre assombrado pela possibilidade (mesmo que não tão concreta) de retorno da inflação elevada.
Isso é resultado dos problemas recorrentes que estou cansado de tanto apontar, como a insensatez tributária, a elevada taxa de lucratividade das empresas, mascaradas pelo custo de capital muito alto e uma questão trabalhista que ainda mantém o Brasil na metade do século passado.
A tendência de recuperação global será de 4 etapas, onde primeiramente as três maiores economias do mundo apresentam crescimento mais sustentável e concreto, mesmo que em percentuais não muito elevados, seguido de uma consequente melhora nos países em desenvolvimento, os quais não sofreram tão fortemente com a crise, para que então os países europeus comecem a apresentar PIBs meramente positivos e daí “sairemos” da crise, provavelmente 10 anos após sua eclosão.
Obviamente, o cenário não está isento de percalços ou de outros problemas que possam reverte-lo, todavia podemos estar na metade daquilo que considero a real reversão dos eventos de 2008. Muito longe; muitos diriam, mas a realidade nem sempre vai de encontro às ansiedades.

Os indicadores econômicos dos EUA melhores que as expectativas não foram suficientes para reverter as perdas que se acumularam a partir da segunda metade da sessão, numa clara realização de lucros.
A agenda econômica tem como destaque a inflação ao varejo e produção industrial nos EUA, além de dados de PMI na Zona do Euro.
As bolsas na Ásia operaram em alta, com a melhora dos dados industriais chineses. Os futuros das bolsas em Nova York operam em alta, enquanto na Europa, os mercados à vista registram oscilação positiva.
Cenário de média volatilidade! $$$$$

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O Dia do Mercado - 13/12/12


Agenda Econômica
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09h00

Brasil - Vendas ao Varejo – Real: 0,8% mm; 9,1% aa

11h30

EUA – Pedidos de Auxílio Desemprego – Proj.: 370.000

11h30

EUA – Vendas ao Varejo – Proj.: 0,6%

11h30

EUA - Vendas ao Varejo (ex auto) – Proj.: 0%

11h30

EUA - Vendas ao Varejo (ex auto & gas.) – Proj.: 0,5%

11h30

EUA – PPI – Proj.: -0,5% mm; 0,2% mm (core)

13h00

EUA - Business Inventories – Proj.: 0,4%


Desemprego de 6,5% aa e inflação de 2,5%. Incrivelmente, o Federal Reserve foi extremamente explicito em relação às suas metas para finalmente alterar a política de afrouxamento extremo da economia, algo considerado inédito para autoridades monetárias.
Nem de longe os números podem ser consideramos metas ambiciosas, pois estão dentro do padrão mínimo do que se espera para uma país do porte dos EUA, porém os críticos se dividiram entre os que acreditam que tais metas não poderiam ser abertas desta maneira, pois o mercado, principalmente de bonds, deve se basear de agora em diante nestas metas e aqueles que creem que isso possa ocorrer já em 2013, ou seja, antes daquilo colocado como meta pelo Fed para 2014. Para outros, 6,5% de desemprego nem de perto é crível para se elevar os juros.
É certo que a sinceridade das autoridades monetárias nunca é bem recebida pelos investidores e como no passado, as reações tendem a ser de confusão e mau humor com tais premissas.
O problema em se falar em inflação é corroer os ganhos dos bonds já no curto prazo, porém sem uma contrapartida de elevação de juros o suficiente para reverter tais ganhos.
Com isso, o Fed já adiciona uma compra de US$ 45 bilhões àquelas  existentes e demonstra ímpeto em manter a liquidez do sistema inalterada.
Contra as expectativas do mercado, o próprio Fed não vê um desemprego em queda consistente antes de 2015 e isso mantem as premissas de manutenção das atuais taxas quase zero até 2014. Este é o panorama onde para uns, a boa notícia pode ser a má notícia, ou seja, a cada sinal de recuperação dos EUA, o mercado de títulos deve entrar em polvorosa.
O negócio é voltar para as bolsas de valores mesmo.


A reação do mercado às declarações do Fed levou às oscilações mais fortes observadas nas bolsas de valores ontem e podem se estender ainda mais, enquanto os investidores analisam as novas metas e premissas do comitê.

A agenda econômica tem como destaque as vendas ao varejo no Brasil e nos EUA, além da inflação ao atacado e estoques de negócios.

As bolsas na Ásia operaram em alta, com rally no Nikkei e na Coréia do Sul. Os futuros das bolsas em Nova York operam em estabilidade, enquanto na Europa, os mercados à vista registram oscilação negativa.

Cenário de média volatilidade! $$$$$