terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Dia do Mercado - 18/12/12


Agenda Econômica
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07h00

Brasil – IPC-Fipe – Proj.: 0,73%

10h30

Brasil- Nota do Setor Externo

11h30

EUA – Conta Corrente
13h00

EUA – Housing Market Index – Proj.: 47 pontos




No embate entre republicanos e democratas nos EUA sobre os pontos do acordo para se evitar o abismo fiscal em 13 dias, há uma conclusão clara a se tirar: ambos estão errados em muitos pontos.
Os republicanos estão tentando tirar vantagem da urgência do evento ao incluir demandas antigas não aprovadas anteriormente e tentando coloca-las como condições sine qua non para reverter o abismo.
Mesmo depois de aprovado, o plano Medicaid retorna ao foco e os republicanos insistem em seu fim, ou redução em níveis quase impraticáveis. Querem também aplicar uma redução de gastos de US$ 2,2 trilhões nos próximos 10 anos e a renovação integral dos cortes de impostos iniciados por Bush, que incluem toda a população americana.
Na proposta democrata, os cortes de impostos atingiriam 98% da população contribuinte, deixando a elevação para os 2% mais ricos, contrariando os republicanos. A proposta conta também com US$ 50 bilhões para estimular a economia e a manutenção da redução de 2% nos custos da folha de pagamento.
Neste caso, os democratas continuam com a política de gastos irrestritos, o que se tornará inviável no longo prazo para os EUA. Para eles, a questão é ajustar a economia agora e deixar para pensar na questão fiscal no longo prazo. Existe nexo neste pensamento, afinal uma economia  enfraquecida não gera renda, porém mesmo as premissas de corte de gastos propostas atualmente estão muito longe do que se poderia considerar um controle fiscal.
Os sentimentos de que a crise continua a demandar ações fortes demonstra que muito do que foi feito desde sua eclosão em 2008 foge dos “livros” e exigem cada vez mais soluções no mínimo criativas, algo que tem se mostrado muito limitado.
Por aqui, além do crescimento fraco, continuamos com as mesmas falhas grosseiras de política econômica que levarão ao crescimento medíocre deste ano. A insistência em soluções pontuais e setoriais dá a sensação de que não há um rumo concreto para as ações do governo, mas somente reações à demandas específicas, sem grande foco macroeconômico.
Ao rever políticas do fluxo de divisas, o governo demostra aos investidores, principalmente estrangeiros que “queremos seu dinheiro quando o câmbio ameaça a inflação, mas mandamos embora assim que a indústria local reclamar”.
A falta de respeito por contratos é outro fator preponderante no que se considera o risco institucional brasileiro, o qual está muito elevado atualmente e mantem afastados recursos importantes do país.
Portanto, se consideramos o panorama local e internacional, o próximo ano fará grande jus à sua numeração, TREZE.
A bolsa de São Paulo fechou próxima a estabilidade com cautela devido à questão fiscal nos EUA, porém o dia foi de alto giro financeiro, próximo de R$ 12 bilhões, muito acima da média diária de US$ 7 bilhões no ano, inflada pelo vencimento de opções na sessão anterior.
A agenda econômica tem como destaque nota para imprensa do setor externo no Brasil e indicadores do mercado imobiliário nos EUA.
As bolsas na Ásia operaram em alta, na expectativa da votação do Fiscal Cliff nos EUA. Os futuros das bolsas em Nova York operam em alta, enquanto na Europa, os mercados à vista registram oscilação positiva.
Cenário de média volatilidade! $$$$$

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