Agenda Econômica
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08h00
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BRASIL
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IPC-S Semanal
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18h00
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EUA
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Consumer Credit
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Análise do Mercado
Começamos o ano com o governo tentando
garantir que as manobras fiscais não afetarão sua credibilidade. A parte boa
dessa premissa é que poucos creem nessa pretensa credibilidade e a falta de
surpresa faz do movimento do governo algo como “o mais do mesmo”.
Vimos isso no ano passado, quando “magicamente”
o IBGE divulgou um IPCA que cravou no teto da meta de inflação na terceira casa
depois da vírgula, um fato surpreendente, dado que a maioria das projeções contava
com uma inflação anual mais próxima dos 7% ao ano (centro da meta (aa): 4,5%; piso:
2,5%; teto: 6,5%).
O uso de “espaços para se cumprir a meta
em anos atípicos” adicionaram quase R$ 20 bilhões à meta deste ano, de onde R$
12 bilhões saíram do fundo soberano (entre títulos e dinheiro da compra de
ações da Petrobrás), R$ 4,7 bilhões de dividendos de estatais e R$ 2,3 bilhões
do BNDES.
Em mais um manobra, o tesouro repassou
R$ 5,4 bilhões em ações de empresas do BNDES para o governo, além de aportes de
repasses de R$ 15 bilhões.
A combinação de renúncias fiscais mal
direcionadas, queda nos juros e crescimento econômico medíocre são os
principais motivos para que o governo não consiga atingir a meta deste ano e
pode transferir inércia de gastos para 2013, principalmente com a chegada da
copa.
E como citamos acima, nos espanta a falta de espanto com tais resultados. Continuamos mal direcionados e torcendo ao máximo para que a economia americana impulsione o mundo, ao mesmo tempo em que enviamos emissários à Cuba para acompanhar de perto a saúde de Chavez.
Esta ambiguidade do governo brasileiro perpetuará por 2013, salvo às últimas declarações da presidente Dilma quanto à exagerada quantidade de impostos no Brasil. Neste caso, existe a possibilidade concreta de um movimentação das taxas via medida provisória, pois como uma grata surpresa, Dilma dificilmente fica só na retórica.
Agora, é torcer para que a temporada de balanços corporativos iniciada hoje dê algum tipo de alento aos investidores no Brasil, que se mostraram bastante animados neste início de ano, mas sem grandes garantias de um maior apetite pelo prêmio de maior risco.
A primeira sessão da semana foi marcada pelo mau
humor com o início da temporada de balanços corporativos nos EUA e com um
processo de realização de parte dos lucros auferida na semana anterior.
A agenda econômica tem como destaque o IPC-S
semanal no Brasil e o crédito ao consumidor nos EUA. Na agenda corporativa, o
destaque é o resultado da Alcoa, que oficialmente inaugura a temporada de balanços
do terceiro trimestre, também com resultados da Monsanto.
As bolsas na Ásia operaram em queda, na
expectativa do início dos resultados nos EUA. Os futuros das bolsas em Nova
York operam em queda, enquanto na Europa, os mercados à vista registram a mesma
oscilação.
Cenário
de média volatilidade! $$$$$
Curiosidade: -Quais serão as novas criações para 2013? Já não haverá mais o FFIE(fundo "soberano" do Mr Butter). Parece que a "piada" da questão energética (segundo a ex-ministra de Energia; com certeza esta situação é "falha-humana") vem como uma luva para o ministro da fazenda afinal o "argumento" já está pronto: crise energética afetou economia, investimentos e, por tabela, a arrecadação do governo implicando em mais um ano que não se alcança a meta fiscal. O senhor Butter é um cara de sorte...
ResponderExcluirhttp://0.tqn.com/d/animatedtv/1/0/i/I/sp801_Good_Times_With_Weapons_2.jpg
ExcluirO Butters sempre tem suas saídas de sorte, mas sabemos que é a terceira geração da família ser bípede. O mesmo argumento que a "oposição" usou pra atacar o FHC é usado hoje pra defender o Butters, concordo plenamente e pior, essa figura parca está tão enraizado no governo que tirá-lo parece algo impossivel, mas até pra ele existe limite.