terça-feira, 27 de novembro de 2012

Na Mídia - Na reta final do pregão, Bolsa inverte sinal e fecha em queda de 0,86%


Na reta final do pregão, Bolsa inverte sinal e fecha em queda de 0,86%

Dólar fechou praticamente estável sendo negociado a R$ 2,07

COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
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SÃO PAULO – Na reta final do pregão desta terça-feira, o Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), perdeu força - depois de se manter no azul desde a abertura - e fechou em queda de 0,86% aos 56.248 pontos e volume negociado de R$ 6,2 bilhões. Durante o dia, o mercado subiu com a informação de que o governo pode rever o valor das indenizações às companhias elétricas. Mas os investidores desanimaram ao saber que o reajuste será marginal e não compromete a queda das tarifas prometidas, segundo declaração do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann. Entre os destaques de alta, ficaram as ações ON da B2W Varejo, resultado da fusão da Americanas.com e do Submarino, que subiram 17,94% a R$ 14,00. No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,09% frente ao real, cotado a R$ 2,078 na compra e R$ 2,080 na venda. Na máxima do dia, a moeda americana foi negociada a R$ 2,083 e na mínima a R$ 2,073.
- O Ibovespa perdeu força por volta de 16h30m após as declarações do secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Marcio Zimmermann, afirmando que o reajuste das indenizações será marginal - diz Pedro Galdi, estrategista da SLW Corretora.
Segundo Galdi, o dia começou positivo nos pregões, com o acordo sobre a dívida grega. Depois, um dado da economia americana ajudou a manter o bom humor dos investidores. Os pedidos e entregas de bens duráveis feitos junto à indústria dos Estados Unidos vieram acima do esperado em outubro, ficando estáveis durante o mês, de acordo com Departamento de Comércio. O mercado estimava uma queda de 0,4%.
- Mas a questão do abismo fiscal nos EUA ainda está na pauta, o que deixa o mercado cauteloso - diz Galdi.
Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, Vale PNA encerrou estável a R$ 35,74; Petrobras PN recuou 1,64% a R$ 18,51; OGX Petróleo ON caiu 3,68% a R$ 4,45; Itaú Unibanco PN perdeu 1,55% a R$ 31,05 e PDG Realty ON ganhou 1,41% a R$ 2,87.
As ações ON da B2W Varejo fecharam com alta de 17,94% a R$ 14. O Bank of America Merrill Lynch melhorou a recomendação dos papéis de 'neutra' para 'compra', além de elevar o preço-alvo de R$ 12 para R$ 18, um potencial de valorização de 51,6%. No dia 16 de novembro, os analistas do Bank of America Merrill Lynch já tinham elevado a recomendação para as ações da B2W Varejo para neutra e as ações tiveram alta de 9,0% naquele pregão.
Segundo o relatório do banco, após um longo período de fraco desempenho, a B2W parece estar à beira de uma reviravolta. A ação caiu após o mercado especular sobre o fechamento de capital da empresa. E a Lojas Americanas fez recompra das ações no mercado para tentar sustentar a cotação do ativo. As ações PN da Lojas Americanas subiram 4,23% a R$ 19,22, ea segunda maior alta do Ibovespa.
- O mercado vai acompanhar com lupa os números da empresa para saber se ela está mesmo se recuperando. Só nesta semana, as ações subiram 14% e no mês o ganho é de 42%. No ano, os papéis se valorizam 56% - diz Pedro Galdi.
As ações PNB da Eletrobras PNB subiram 3,37% a R$ 8,29, a terceira maior alta do Ibovespa. Já os papéis PNB da Cesp perderam 6,08% a R$ 17,00, a maior queda do índice.
Segundo analistas, o fechamento do acordo sobre a dívida da Grécia deve tirar a Europa do foco de preocupação dos investidores no curto prazo. Os ministros de Finanças da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um consenso para liberar uma parcela de 43,7 bilhões de euros em empréstimos para a Grécia.
As Bolsas europeias reagiram com otimismo ao acordo. O Dax, do pregão de Frankfurt, avançou 0,55%; o Cac, da Bolsa de Paris, subiu 0,03% e o FTSE, da Bolsa de Londres, teve ganho de 0,22%. Apenas a Bolsa de Madri fechou em queda com o índice Ibex recuando 0,14%. Em Wall Street, Dow Jones recuou 0,69%, enquanto S&P 500 e Nasdaq caíram 0,52% e 0,30% respectivamente. As perdas foram intensificadas pelo aumento da preocupação dos investidores com o "abismo fiscal americano". As preocupações voltaram a crescer nesta sexta-feira depois que o senador Harry Reid, líder do governo, declarou que houve "pouco progresso" até agora para resolver o problema.
Além da liberação do empréstimo à Grécia, os ministros de finanças e o FMI decidiram ampliar os medidas, que incluem um corte nas taxas de juros pagas pela Grécia e uma possível recompra de dívida. O objetivo é reduzir o endividamento do país abaixo de 110% do PIB em 2022, informou o Eurogrupo em comunicado após a reunião.
- O acordo sobre a dívida grega é um pequeno alento em meio a tantas complicações da crise mundial. Nem de perto o acordo resolve os problemas ou mesmo ajuda o país. Ele serve tão somente para evitar que haja uma quebra nos próximos meses e para que se consigam ao menos iniciar os planos de ajuste fiscal. Não há ainda parâmetros para um crescimento econômico sustentável ou mesmo uma confiança renovada na Grécia - escreve o economista Jason Vieira, em relatório.
Na Ásia, as Bolsas de Tóquio e Seul fecharam em alta após o acordo com a Grécia. Já as Bolsas chinesas e de Hong Kong fecharam em queda. No Japão, o índice Nikkei fechou em alta de 0,37%, enquanto na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 0,87%. Já o índice Hang Seng, da bolsa de Hong Kong, caiu 0,08%, enquanto o Xangai Composto recuou 1,30%.


















































































































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