Agenda Econômica
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09h00
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BR
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Pesquisa Mensal do Comércio
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11h30
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EUA
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Orçamento do Tesouro – Proj.: -US$ 113 bilhões
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Análise do Mercado
É mais do que notória a “patinada” do índice
Bovespa, desde um ano após a crise que eclodiu com a quebra do banco Lehman Bros. Os investidores locais
muitas vezes se questionam dos motivos para tal movimento e quanto tempo isso
pode durar.
Infelizmente, apesar do grande número de
“ofertas” interessantes listadas no índice, esta situação tende a perdurar por
um período relativamente longo o suficiente para que a atratividade não volte
em pelo menos seis meses.
Num passado recente, era clara a presença dos ‘gringos’ no mercado e a força com que os mesmos atuavam em diversos segmentos, em especial o de renda variável e futuros de índice, dólar e juros.
O temor de supervalorização do Real fez
com que o governo se tornasse o principal artífice para afastar os
estrangeiros. O excesso de normas, proteções, alterações de regras fez do
Brasil o maior risco regulatório entre todos os BRICs.
Como não existe tendência de mudança de
tal cenário no curto prazo, a situação do mercado aqui deve continua
indefinida.
A grande dúvida é da importância dos
estrangeiros para o mercado local. A resposta é: ENORME. Os estrangeiros nos
últimos anos foram os responsáveis pela elevação do volume de negócios, tanto
financeiro quanto em operações e também colaboraram em muito para a liquidez do
mercado, inclusive de small e midcaps.
Ao desprezarmos tal potencial,
transformando os estrangeiros em virtuais vilões de todos os problemas
especulativos do mercado, mantemos intacta a premissa de baixo volume e oscilações
totalmente erráticas do mercado de renda variável.
Analisando os dados da BM&FBovespa,
vemos uma posição quase estável destes investidores nos mercados que
tradicionalmente atuavam. E este é exatamente o problema.
O fluxo de entrada de recursos
praticamente minguou e os que já estão aqui, se mantêm com posições mais
conservadoras, exatamente pelo risco de se apostar num setor que pode ter suas
regras alteradas em qualquer momento.
Do desastre do lançamento de ações da
Petrobras, sob a promessa dos recursos do pré-sal, até a alteração forçada de
tarifas bancárias e imbróglios com o setor elétrico, poucos são os setores em
que existe ousadia para se investir.
A aposta corrente era para o setor de
varejo, porém o fraco crescimento da economia brasileira, muito inferior aos
seus pares em mercados emergentes, empurra uma parcela significativa dos
investidores para o México, um mercado considerado institucionalmente mais
seguro hoje em dia.
E para piorar a situação, a crise de
2008 afastou grande parte dos investidores individuais, os famosos “pessoa
física” e o advento dos home brokers minguou o ganho das corretoras, as quais não
conseguem mais depender deste nicho, que só retrai ano após ano.
Portanto, o cenário de renda variável no
Brasil não tem muitos elementos para uma mudança positiva, a não ser por um
crescimento crível da economia americana e chinesa nos próximos anos, o que
arrebataria parte da crise mundial e aí sim, elevaria o apetite pelo prêmio de
maior risco da bolsa de São Paulo.
A análise pelo BCE (Banco Central Europeu) do
orçamento grego e a proximidade do abismo fiscal nos EUA continuam a agir
contra o mercado de renda variável global e o Ibovespa coleciona a quarta queda
consecutiva, ainda sustentando a barreira dos 57 mil pontos.
A agenda econômica tem como destaque dados de
setor externo e confiança do consumidor nos EUA e vendas ao varejo na China. Na
agenda corporativa, atenção aos resultados de JBS, Suzano, ALL, SLC, Saraiva,
Oi, SOfisa, Guararapes, Gol, Tecnisa, B2W, Brookfield, Rossi, Copel, Coelce,
Celesc, Home Depot e Cisco.
As bolsas na Ásia operaram em queda, com
preocupações a economia mundial. Os futuros das bolsas em Nova York operam em queda,
enquanto na Europa, os mercados à vista registram oscilação negativa.
Cenário
de média volatilidade! $$$$$
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