terça-feira, 13 de novembro de 2012

O dia do Mercado 13/11/2012


Agenda Econômica
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09h00
 BR
Pesquisa Mensal do Comércio


11h30
 EUA
Orçamento do Tesouro – Proj.: -US$ 113 bilhões









Análise do Mercado

É mais do que notória a “patinada” do índice Bovespa, desde um ano após a crise que eclodiu com a quebra do banco Lehman Bros. Os investidores locais muitas vezes se questionam dos motivos para tal movimento e quanto tempo isso pode durar.
Infelizmente, apesar do grande número de “ofertas” interessantes listadas no índice, esta situação tende a perdurar por um período relativamente longo o suficiente para que a atratividade não volte em pelo menos seis meses.

Num passado recente, era clara a presença dos ‘gringos’ no mercado e a força com que os mesmos atuavam em diversos segmentos, em especial o de renda variável e futuros de índice, dólar e juros.
O temor de supervalorização do Real fez com que o governo se tornasse o principal artífice para afastar os estrangeiros. O excesso de normas, proteções, alterações de regras fez do Brasil o maior risco regulatório entre todos os BRICs.
Como não existe tendência de mudança de tal cenário no curto prazo, a situação do mercado aqui deve continua indefinida.
A grande dúvida é da importância dos estrangeiros para o mercado local. A resposta é: ENORME. Os estrangeiros nos últimos anos foram os responsáveis pela elevação do volume de negócios, tanto financeiro quanto em operações e também colaboraram em muito para a liquidez do mercado, inclusive de small e midcaps.
Ao desprezarmos tal potencial, transformando os estrangeiros em virtuais vilões de todos os problemas especulativos do mercado, mantemos intacta a premissa de baixo volume e oscilações totalmente erráticas do mercado de renda variável.
Analisando os dados da BM&FBovespa, vemos uma posição quase estável destes investidores nos mercados que tradicionalmente atuavam. E este é exatamente o problema.
O fluxo de entrada de recursos praticamente minguou e os que já estão aqui, se mantêm com posições mais conservadoras, exatamente pelo risco de se apostar num setor que pode ter suas regras alteradas em qualquer momento.
Do desastre do lançamento de ações da Petrobras, sob a promessa dos recursos do pré-sal, até a alteração forçada de tarifas bancárias e imbróglios com o setor elétrico, poucos são os setores em que existe ousadia para se investir.
A aposta corrente era para o setor de varejo, porém o fraco crescimento da economia brasileira, muito inferior aos seus pares em mercados emergentes, empurra uma parcela significativa dos investidores para o México, um mercado considerado institucionalmente mais seguro hoje em dia.
E para piorar a situação, a crise de 2008 afastou grande parte dos investidores individuais, os famosos “pessoa física” e o advento dos home brokers minguou o ganho das corretoras, as quais não conseguem mais depender deste nicho, que só retrai ano após ano.
Portanto, o cenário de renda variável no Brasil não tem muitos elementos para uma mudança positiva, a não ser por um crescimento crível da economia americana e chinesa nos próximos anos, o que arrebataria parte da crise mundial e aí sim, elevaria o apetite pelo prêmio de maior risco da bolsa de São Paulo.
  A análise pelo BCE (Banco Central Europeu) do orçamento grego e a proximidade do abismo fiscal nos EUA continuam a agir contra o mercado de renda variável global e o Ibovespa coleciona a quarta queda consecutiva, ainda sustentando a barreira dos 57 mil pontos.

A agenda econômica tem como destaque dados de setor externo e confiança do consumidor nos EUA e vendas ao varejo na China. Na agenda corporativa, atenção aos resultados de JBS, Suzano, ALL, SLC, Saraiva, Oi, SOfisa, Guararapes, Gol, Tecnisa, B2W, Brookfield, Rossi, Copel, Coelce, Celesc, Home Depot  e Cisco.

As bolsas na Ásia operaram em queda, com preocupações a economia mundial. Os futuros das bolsas em Nova York operam em queda, enquanto na Europa, os mercados à vista registram oscilação negativa.

Cenário de média volatilidade! $$$$$

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