sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O dia do Mercado - 30/11/12


Agenda Econômica
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09h00

Brasil – PIB – Proj.: 1,15% aa, 0,9% tt / Real: 0,9% aa, 0,6% tt

11h00

Brasil - Nota para Imprensa de Política Fiscal

11h30

EUA - Personal Income – Proj.: 0,2%

11h30

EUA - Personal Spending – Proj.: 0%

11h30

EUA - Núcleo do PCE – Proj.: 0,2%

12h45

EUA - Chicago PMI – Proj.: 51 pontos

O crescimento muito abaixo do projetado no último trimestre no Brasil demonstra que o caminho para a recuperação econômica está ainda longe daquilo que o governo tem preconizado.
Como citei ontem, existe um padrão atual de crescimento muito estabilizado, adicionado a uma série de problemas estruturais e de legislação que previnem um aquecimento mais acelerado num cenário internacional enfraquecido.

O Brasil depende necessariamente de uma combinação muito complexa de crescimento internacional acelerado, elevada demanda por commodities,  câmbio desvalorizado, o que não se traduz necessariamente como melhoria nas condições médias do país.
Projetávamos um crescimento de ao menos 1,15% contra o mesmo período do ano passado e de 0,9% contra o trimestre anterior. As altas de 0,9% e 0,6% respectivamente mostram que muito provavelmente não transferiremos nenhuma inércia de crescimento para 2013 e as projeções mirabolantes de 4% do ministro Mantega dependem de uma conjunção ainda mais complexa de fatores para ocorrer.
Os juros baixos são um dos avanços mais importantes para o Brasil desde o século passado, porém eles acabaram por demonstrar que acima de tudo, as mudança no Brasil devem deixar de ser pontuais para serem definitivas.
Por isso mantenho a firme insistência de que sem uma revisão do atual sistema tributário, desde a forma como é cobrado até efetivamente como isso afeta os custos da matriz de mão de obra, é a coisa mais importante que o governo deveria se preocupar neste momento.
Enquanto isso, nos EUA, o acordo do extensão dos cortes de impostos e dos incentivos a contratação devem ser renovados. Lá, o sistema tributário é infinitamente menos perverso e complexo do que o brasileiro, porém já existe um movimento para simplificar ainda mais, pois existe a visão de que quanto mais fácil e menos pesada for a cobrança de impostos, mais facilmente e em maior escala ela ocorre.
Infelizmente, sequer estamos próximos de discutir tais eventos  e por isso, temos sorte de ainda crescer, pois incentivar consumo de crédito com juros nominais de 7,25% ao ano só poderia resultar no que vimos, endividamento da população e crescimento econômico medíocre.

O eminente acordo do minério com os EUA impulsionaram diversas ações no Ibovespa ontem, com alta consistente em mineradoras, empresas de logística e elétricas.
Na agenda econômica, as atenções se voltam ao PIB brasileiro e aos indicadores desagregados do PIB americano.
As bolsas na Ásia operaram  em alta, na perspectiva de um acordo fiscal nos EUA. Os futuros das bolsas de Nova York operam em alta, enquanto na Europa, o mercado apresenta oscilação positiva.
Cenário de média volatilidade! $$$$$





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