sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O dia do Mercado 09/11/2012


Agenda Econômica
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03h30

China - Produção Industrial
03h30

China - Vendas ao Varejo – Proj.: 14,2%

08h00

Brasil – IGP-M – Proj.: 0,19%

09h00

Brasil - Pesquisa Industrial Mensal/ Emprego e Salário

11h30

EUA - Export Prices (ex agr)

11h30

EUA - Import Prices (ex-oil) – Proj.: 0,1%

12h55

EUA - Michigan Sentiment  - Proj.: 83,3 pontos (p)

13h00

EUA – Estoques ao Atacado – Proj.: 0,3%

Análise do Mercado

Muitos ainda se perguntam o que é o tal “Abismo Fiscal” ou “Fiscal Cliff” do qual tanto se fala na mídia especializada e qual seria o seu impacto na economia dos EUA e no mundo.
Em resumo, o Fiscal Cliff é a conjunção do momento em que todos os incentivos tributários, renúncias fiscais e cortes de impostos que foram colocados em prática entre 2001 e 2003. O Ato de Controle de Orçamento (Budget Control Act – BCA) de 2011 diz que todos estes incentivos, até mesmo os mais recentes, como redução de impostos na contratação de mão de obra, serão automaticamente revogados à meia noite do dia 1 de janeiro de 2013.

O problema atual é a falta de reação da economia americana e a elevação de custos se tornaria totalmente contraproducente. Ao contrário do momento anterior, em que os republicanos sabotaram a maioria das tentativas de melhora do país para que Obama fosse o “presidente de um mandato”, segundo o líder republicano Mitch McConnell, a situação agora demanda um esforço conjunto que não aconteceu até agora, só em raras e decisivas ocasiões.
A renovação da câmara foi de 100%, porém seu formato continuou o mesmo com o domínio republicano. No senado a renovação foi mais modesta, mas manteve o poder democrata. O contexto continua complicado para o presidente reeleito, porém a ausência de um pleito próximo pode ser o alento que os republicanos comecem a agir positivamente.
Um destes pontos já pode ser visto com a aprovação incondicional hoje do plano de saúde universal de Obama, conhecido como Obamacare, ou seja, sem oposição, o plano agora é lei.
Resta agora saber o quanto de trabalho será necessário para mitigar ou mesmo reverter o abismo fiscal de janeiro. Enquanto isso, o mercado financeiro só mantém a certeza da volatilidade e pelos mesmos motivos dos últimos 4 anos: crescimento econômico, problemas fiscais e acima de tudo, política.
Mais um dia de perdas nas bolsas de valores mundiais, concentradas na questão europeia, novamente divida entre um leilão mal sucedido de títulos do tesouro espanhol e o desemprego acima de 25% na Grécia.
A agenda econômica tem como destaque dados de setor externo e confiança do consumidor nos EUA e vendas ao varejo na China. Na agenda corporativa, atenção aos resultados de Rodobens, MPX, EZtec, Alpargatas, Light, Cesp, OHL e JCPenney.
As bolsas na Ásia operaram em queda, com preocupações sobre o fiscal cliff. Os futuros das bolsas em Nova York operam em alta, enquanto na Europa, os mercados à vista registram oscilação negativa.

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