quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O dia do Mercado 21/11/2012


Agenda Econômica
$$$$$
07h00

Brasil – IPC – Fipe – Proj.: 0,71%

07h30

UK - Ata da última reunião do BoE

10h30

Brasil - Nota de Mercado Aberto

11h30

EUA – Pedidos de Aux. Desemprego – Proj.: 415.000

12h30

Brasil - Fluxo Cambial

12h55

EUA - Michigan Sentiment (final) – Proj.: 84 pontos

13h00

EUA – Indicadores Antecedentes – Proj.: 0,2%

13h30

EUA - Estoques de Petróleo
Análise do Mercado
Uma semana extremamente truncada para o mercado financeiro, com feriados alternados entre o Brasil (consciência negra) e EUA (ação de graças), deixa os investidores locais sem rumo, principalmente no mercado de renda variável, altamente afetado pelo grande número de externalidades.
Com a questão grega novamente no foco, a volatilidade também continua em alta, enquanto os investidores aguardam também o resultado das vendas do Black Friday nos EUA. Portanto, não faltam motivos para manterem-se extremamente atentos tanto à agenda econômica, quanto aos eventos.

Neste cenário complicado, muitos se perguntam se a atual crise está sequer próxima de uma solução ou se sofreremos um segundo mergulho recessivo, ainda pior que o primeiro ocorrido entre 2008 e 2009.
Uma coisa é certa, os elementos da crise de 2008 expuseram uma série de problemas em diversos países, a grande maioria deles de ordem fiscal. O modelo social europeu precisa ser revisto, principalmente com a forte adição de imigrantes no continente até o final do século passado.
Discussões raciais a parte, a realidade é que o sistema de gastos sociais europeu demanda um crescimento econômico muito duradouro e uma base contribuinte crescente. Como uma forma de se enfrentar um socialismo crescente e ao mesmo tempo compensar a população pelas agruras da segunda guerra mundial, o sistema público europeu se tornou em geral altamente assistencialista.
Existe um lado positivo nisso, principalmente ao considerarmos os avanços em termos de saúde e educação. Porém, o modelo contemplava um crescimento populacional em padrão europeu, ou seja, lento e com uma base consumidora de recursos baseada em idades mais avançadas.
Estamos falando de países ideais, que ainda conseguem, apesar da crise, manter o sistema relativamente intacto (países nórdicos, Reino Unido, França e Alemanha).  O problema está exatamente naqueles países em que o peso do estado é tão grande, que literalmente sustenta uma parcela significativa da população, com um nível de produtividade alto.
Neste caso, é impossível se manter o sistema de altos gastos sem que haja uma fonte geradora de recursos decentes. Por isso a necessidade grande de cortes de gastos para enfrentar a crise, como o que tem ocorrido na Espanha, Itália, Portugal e Grécia.
Daí a discussão recai sobre o modelo de reversão da crise, onde a Alemanha acredita na austeridade acima de tudo para se evitar no futuro uma crise fiscal incontrolável, como ocorreu com a hiperinflação alemã no início do século passado (1914-1923).
Do outro lado está o modelo americano, o qual acredita que deve-se primeiramente aquecer a economia, mesmo a custa dos recursos do estado (mais puro keynesianismo), para depois então, com a economia funcionando a pleno emprego, buscar soluções para o problema fiscal.
Até agora, o modelo defendido pela Alemanha tem se mostrado falho, principalmente se considerarmos os mais recentes indicadores econômicos do país. Mesmo assim, os EUA não tem sido um modelo de velocidade em termos de recuperação, apesar do desempenho econômico acima da média dos países industrializados.
Por fim, o cenário não está nada positivo e a possibilidade de recrudescimento da crise é real e concreta e não custa nada nos prepararmos para o pior. Afinal, caso o pior não ocorra, nada terá sido em vão.
A véspera do feriado contou com a ajuda das bolsas de valores americanas, animadas pela possibilidade de um acordo para evitar o abismo fiscal e de um possível movimento positivo na Europa.
A agenda econômica tem como destaque o IPC da fipe no Brasil e nos EUA, indicadores antecedentes, confiança do consumidor e pedidos de auxílio desemprego, fortemente afetados pela questão do furacão Katrina.
As bolsas na Ásia operaram em alta, na expectativa de melhora da questão grega. Os futuros das bolsas em Nova York operam em queda, enquanto na Europa, os mercados à vista registram oscilação negativa.

Cenário de média volatilidade! $$$$$

Nenhum comentário:

Postar um comentário