Agenda Econômica
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07h00
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Brasil – IPC – Fipe – Proj.: 0,71%
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07h30
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UK - Ata da última reunião do BoE
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10h30
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Brasil - Nota de Mercado Aberto
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11h30
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EUA – Pedidos de Aux. Desemprego – Proj.: 415.000
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12h30
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Brasil - Fluxo Cambial
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12h55
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EUA - Michigan Sentiment (final) – Proj.: 84 pontos
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13h00
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EUA – Indicadores Antecedentes – Proj.: 0,2%
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13h30
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EUA - Estoques de Petróleo
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Análise do Mercado
Uma semana extremamente truncada para o mercado financeiro, com feriados
alternados entre o Brasil (consciência negra) e EUA (ação de graças), deixa os
investidores locais sem rumo, principalmente no mercado de renda variável,
altamente afetado pelo grande número de externalidades.
Com a questão grega novamente no foco, a volatilidade também continua em
alta, enquanto os investidores aguardam também o resultado das vendas do Black Friday nos EUA. Portanto, não faltam
motivos para manterem-se extremamente atentos tanto à agenda econômica, quanto
aos eventos.
Neste cenário complicado, muitos se perguntam se a atual crise está sequer próxima de uma solução ou se sofreremos um segundo mergulho recessivo, ainda pior que o primeiro ocorrido entre 2008 e 2009.
Uma coisa é certa, os elementos da crise de 2008 expuseram uma série de problemas
em diversos países, a grande maioria deles de ordem fiscal. O modelo social
europeu precisa ser revisto, principalmente com a forte adição de imigrantes no
continente até o final do século passado.
Discussões raciais a parte, a realidade é que o sistema de gastos
sociais europeu demanda um crescimento econômico muito duradouro e uma base
contribuinte crescente. Como uma forma de se enfrentar um socialismo crescente
e ao mesmo tempo compensar a população pelas agruras da segunda guerra mundial,
o sistema público europeu se tornou em geral altamente assistencialista.
Existe um lado positivo nisso, principalmente ao considerarmos os avanços
em termos de saúde e educação. Porém, o modelo contemplava um crescimento
populacional em padrão europeu, ou seja, lento e com uma base consumidora de
recursos baseada em idades mais avançadas.
Estamos falando de países ideais, que ainda conseguem, apesar da crise,
manter o sistema relativamente intacto (países nórdicos, Reino Unido, França e
Alemanha). O problema está exatamente
naqueles países em que o peso do estado é tão grande, que literalmente sustenta
uma parcela significativa da população, com um nível de produtividade alto.
Neste caso, é impossível se manter o sistema de altos gastos sem que
haja uma fonte geradora de recursos decentes. Por isso a necessidade grande de
cortes de gastos para enfrentar a crise, como o que tem ocorrido na Espanha,
Itália, Portugal e Grécia.
Daí a discussão recai sobre o modelo de reversão da crise, onde a
Alemanha acredita na austeridade acima de tudo para se evitar no futuro uma
crise fiscal incontrolável, como ocorreu com a hiperinflação alemã no início do
século passado (1914-1923).
Do outro lado está o modelo americano, o qual acredita que deve-se
primeiramente aquecer a economia, mesmo a custa dos recursos do estado (mais
puro keynesianismo), para depois então, com a economia funcionando a pleno
emprego, buscar soluções para o problema fiscal.
Até agora, o modelo defendido pela Alemanha tem se mostrado falho,
principalmente se considerarmos os mais recentes indicadores econômicos do
país. Mesmo assim, os EUA não tem sido um modelo de velocidade em termos de recuperação,
apesar do desempenho econômico acima da média dos países industrializados.
Por fim, o cenário não está nada positivo e a possibilidade de
recrudescimento da crise é real e concreta e não custa nada nos prepararmos
para o pior. Afinal, caso o pior não ocorra, nada terá sido em vão.
A véspera do feriado contou com a ajuda das bolsas de valores
americanas, animadas pela possibilidade de um acordo para evitar o abismo
fiscal e de um possível movimento positivo na Europa.
A agenda econômica tem como destaque o IPC da fipe no Brasil e nos EUA,
indicadores antecedentes, confiança do consumidor e pedidos de auxílio
desemprego, fortemente afetados pela questão do furacão Katrina.
As bolsas na Ásia operaram em alta, na expectativa de melhora da questão
grega. Os futuros das bolsas em Nova York operam em queda, enquanto na Europa,
os mercados à vista registram oscilação negativa.
Cenário de média volatilidade! $$$$$
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